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Aldeia Yvy Porã, uma voluntária prepara a merenda para as crianças. |
No sábado
(14) duas aldeias em Terra Roxa-Paraná, foram visitadas pelo Blog do Take. A
distância da capital do Paraná é de 630,4 km e de Maringá, de onde saímos, é
265,8 km.
A equipe de
reportagem foi recebida em suas aldeias pelos caciques Izaias Buite da Aldeia
Yvy Porã e por Libório Garcia, Aldeia Tekoha Nhenboete.
Ao chegar
nos locais acima, foi constado que os indígenas vivem abaixo da linha de
pobreza e sem direitos ao básico, como o acesso a água tratada, que é um
direito básico garantidos pela Constituição Federal e pela Organização Nações
Unidas.
Os indígenas
foram assentados pela Fundação Nacional do Índio (FUNAI) numa área de terras,
mas sem condições de produzir e encontra-se, depositados no lugar, como se
fossem indigentes, esquecidos, sem as condições necessárias de sobrevivência.
A situação
encontrada é preocupante, no local não tem moradia digna e lembra os
acampamentos dos movimentos dos sem terras do século passado, onde 42 famílias
indígenas vivem em barracos de lonas.
No local,
não tem água encanada e nem energia elétrica e a questão do saneamento básico é
preocupante.
Outro fato
que chamou a atenção, são os recipientes que os índios usam para transportar,
até os barracos, a água que é fornecida, toda semana, por um carro pipa da
prefeitura que é colocada numa caixa d'agua localizada na entrada da aldeia de
1.000 litros. Além de ser insuficiente, pois não dura dois dias, os índios, por
falta de recursos reutilizam galões de veneno (usado para matar as pragas da
agricultura) para o transporte da água, fato que num futuro, acarretará graves
problemas de saúde.
Os indígenas
foram abandonados, esquecidos e vivem como indigente sem a assistência da
união, estado e município.
Na Aldeia
Tekoha Nhenboete, liderada pelo cacique Libório Garcia, os curumins estudam
embaixo de uma arvore, sem uma estrutura física para abriga-los.
Inconformado
com a situação e o abandono dos órgãos estatais, Izaias Buite da Aldeia Yvy Porã
construiu uma pequena escola, de madeira, espaço que cabe no máximo 15
carteiras, para atender o ensino fundamental.
As duas
aldeias, quando são atendidas, conta com um professor contratado pelo estado
por 20 horas semanais, sendo que o trabalho é realizado por cronograma (alguns
dias, numa outras...)
Fora isso,
as aldeias estão abandonadas e as políticas públicas não foram implantadas em
nenhuma delas. Os indígenas pedem urgência no atendimento as prioridades.
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