Projeto substitui os decretos presidenciais sobre o assunto, que foram revogados. LĂder da oposição na CĂąmara acusa governo de fraude para impedir anĂĄlise do Supremo sobre o assunto
Pablo Valadares/CĂąmara dos Deputados

Onyx espera a votação ainda hoje no Senado sobre porte em årea rural.
Depois de revogar os dois decretos que flexibilizavam o porte de armas, o presidente Jair Bolsonaro editou trĂȘs outros decretos e vai encaminhar um projeto de lei com urgĂȘncia constitucional sobre o porte de armas para cidadĂŁos, para ser analisado pela CĂąmara e pelo Senado. O projeto ainda nĂŁo chegou Ă CĂąmara.
O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, esteve no Senado e na CĂąmara para tratar do assunto. Ele explicou que um decreto regulamenta a posse de armas de fogo e de munição; outro regulamenta lei sobre o registro, o cadastro e a aquisição de armas e de muniçÔes por caçadores, colecionadores e atiradores; e outro Ă© a reedição de decreto de 2004 relativo ao porte, para que nĂŁo haja vĂĄcuo jurĂdico atĂ© que o Congresso se pronuncie sobre o tema.
De acordo com o ministro, o Senado deve votar ainda hoje projeto que estende a posse de armas na ĂĄrea rural para toda a propriedade e nĂŁo apenas restrita Ă sede.
“O compromisso do presidente Bolsonaro de dar condição de defesa ao produtor rural estĂĄ atendido. A legĂtima defesa estĂĄ consolidada e estarĂĄ respeitada e deve ser votada hoje no senado, e virĂĄ amanhĂŁ na cĂąmara e irĂĄ para sanção presidencial imediatamente”, afirmou Lorenzoni.
Fraude
PorĂ©m, o lĂder da oposição na CĂąmara, deputado Alessandro Molon (PSB-RJ), classificou de falsa a revogação dos decretos, porque as novas normas editadas pelo Executivo sĂŁo muito semelhantes Ă s anteriores. "Trata-se de uma fraude do presidente da RepĂșblica para impedir que o Parlamento legisle e que o Supremo julgue. Ă inaceitĂĄvel esse tipo de comportamento", criticou.
PorĂ©m, o lĂder da oposição na CĂąmara, deputado Alessandro Molon (PSB-RJ), classificou de falsa a revogação dos decretos, porque as novas normas editadas pelo Executivo sĂŁo muito semelhantes Ă s anteriores. "Trata-se de uma fraude do presidente da RepĂșblica para impedir que o Parlamento legisle e que o Supremo julgue. Ă inaceitĂĄvel esse tipo de comportamento", criticou.
Molon afirmou que a ação do Executivo fez com que a anĂĄlise pelo Supremo Tribunal Federal (STF) da ação do PSB sobre os decretos revogados perdesse objeto. O deputado informou que seu partido aditou o questionamento para conseguir manter o julgamento alĂ©m de apresentar trĂȘs projetos para sustar os decretos. "NĂŁo atropelarĂĄ o Parlamento esse senhor", afirmou Molon.
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